O último café da manhã de 2007 foi apressado. Estávamos ansiosos para, finalmente, ver o Vulcón Villarica que até então era a atração invisível da bela cidade de Pucón, onde chovia há dois dias, desde que chegamos. Já na frente do hotel vimos a base cheia de gelo e o topo ainda coberto por nuvens. Em poucos minutos tomamos a rua que vai em direção à montanha, subimos a estrada de chão que leva à estação de esquis da cidade (que, logicamente, só funciona no inverno) e lá estávamos nós, com os pés no gelo vendo morro acima uns pontinhos pretos que eram alpinistas madrugadores que já iam a meio caminho da cratera. Mas diga-se a verdade, o cume passou o dia coberto por nuvens.
A beleza do Villarica é exuberante, mesmo com o cume anuviado.
A pequena Pucón é uma cidade de ruas floridas que se espreme entre o vulcão e o lago de mesmo nome. Nesta época do ano gente rica de todo o Chile, e muitos estrangeiros (especialmente europeus), vêm a ela para se banhar no lago azul, mesmo que os dias sejam razoavelmente frios. Há também termas vulcânicas que atraem pelas qualidades medicinais de suas águas quentes e sulfurosas.
A cidade parece a nossa Gramado. Florida, cheia de pessoas bonitas e educadas, lojas chiques e muitos, mas muitos, cafés e restaurantes. Como dia 30 choveu o dia inteiro, pudemos praticamente decorar o nome das poucas ruas que se entrelaçam organizadamente e por onde desfilam carrões das melhores e mais caras marcas. Na Municipalidad (a prefeitura daqui) há um estranho Semáforo de Alertas Vulcânicos, que lembra a gente de que o lindo Villarica ainda é capaz de cuspir fogo, o que justifica várias placas que orientam uma eventual fuga para áreas seguras da cidade.
Junto com o sol chegaram à cidade muitos jipes, caminhonetes e motos, aparentemente de viajantes como nós. Encontramos 2 casais de brasileiros de moto (um deles indo a Ushuaia) e um comboio de três camionetes prateadas do Clube do Jipeiro de Joinville, todas adesivadas com marcas da Expedição Lagos Andinos. Conversamos rapidamente na estrada que leva ao vulcão.
A chuva não estava nos planos, mas parar uns dias para descansar e tirar o pó da estrada era nosso desejo. Pucón já estava mapeada como porto onde veríamos 2007 virar passado.
Comida, comida
Quando chove, comer é a melhor alternativa para os turistas. A refeição que fizemos no elegante Madre Tierra certamente será lembrada por muito tempo. A casa monta um cenário de montanha, campestre. Apesar da cabeça de javali empalhada na parede, é muito bonito e sofisticado. O cardápio não vai muito além do tradicional da região, com boas opções de carnes, salmão e trutas. Fomos nas especialidades do chef e nos demos bem.
As costelinhas de porco certamente estavam marinando há um bom tempo antes de serem cuidadosamente grelhadas e servidas ao lado de uma torta de batatas coberta com queijo derretido, num prato de cerâmica muito quente. No outro prato, a mesma tortilha veio ao lado de um escalope de filet de cervo com cenouras. Este, por sua vez, marinado em vinho merlot ,que emprestou sua personalidade à carne. Divinas escolhas. Para completar o clima um senhor com seu bem executado violão cantava canções chilenas apaixonadas. Perfeito com a chuva que caía sobre o jardim florido que se via da janela.
Bons cafés, espressos de boa cepa, só são encontrados nos cafés e confeitarias. A regra entre os chilenos é consumir Nescafé, que é só o que existe nos hotéis e supermercados. Café em pó praticamente não existe.
Abacate
Nossa “política alimentar” (inspirada pela tesouraria da expedição) é fazer uma boa refeição por dia e se virar com lanches e opções mais em conta. Isto quase sempre dá certo. Mas em Pucón resolvemos terminar o dia iniciado gastronomicamente no Madre Tierra com um cachorro quente, pertinho do nosso hotel. Pedimos um completo. O atendente fez umas perguntas que não entendemos bem e respondemos que sim. E aí veio o lanche composto por um pão honesto e quentinho, uma salsicha vienense bem boa e... creme de abacate coberto com maionese em curvinhas perfeitas. Isso mesmo: abacate. E não era comida mexicana! Mas não ficou ruim. O lanche ficou até divertido, afinal, de certas coisas, só se pode rir.
A cidade parece a nossa Gramado. Florida, cheia de pessoas bonitas e educadas, lojas chiques e muitos, mas muitos, cafés e restaurantes. Como dia 30 choveu o dia inteiro, pudemos praticamente decorar o nome das poucas ruas que se entrelaçam organizadamente e por onde desfilam carrões das melhores e mais caras marcas. Na Municipalidad (a prefeitura daqui) há um estranho Semáforo de Alertas Vulcânicos, que lembra a gente de que o lindo Villarica ainda é capaz de cuspir fogo, o que justifica várias placas que orientam uma eventual fuga para áreas seguras da cidade.
Junto com o sol chegaram à cidade muitos jipes, caminhonetes e motos, aparentemente de viajantes como nós. Encontramos 2 casais de brasileiros de moto (um deles indo a Ushuaia) e um comboio de três camionetes prateadas do Clube do Jipeiro de Joinville, todas adesivadas com marcas da Expedição Lagos Andinos. Conversamos rapidamente na estrada que leva ao vulcão.
A chuva não estava nos planos, mas parar uns dias para descansar e tirar o pó da estrada era nosso desejo. Pucón já estava mapeada como porto onde veríamos 2007 virar passado.
Comida, comida
Quando chove, comer é a melhor alternativa para os turistas. A refeição que fizemos no elegante Madre Tierra certamente será lembrada por muito tempo. A casa monta um cenário de montanha, campestre. Apesar da cabeça de javali empalhada na parede, é muito bonito e sofisticado. O cardápio não vai muito além do tradicional da região, com boas opções de carnes, salmão e trutas. Fomos nas especialidades do chef e nos demos bem.
As costelinhas de porco certamente estavam marinando há um bom tempo antes de serem cuidadosamente grelhadas e servidas ao lado de uma torta de batatas coberta com queijo derretido, num prato de cerâmica muito quente. No outro prato, a mesma tortilha veio ao lado de um escalope de filet de cervo com cenouras. Este, por sua vez, marinado em vinho merlot ,que emprestou sua personalidade à carne. Divinas escolhas. Para completar o clima um senhor com seu bem executado violão cantava canções chilenas apaixonadas. Perfeito com a chuva que caía sobre o jardim florido que se via da janela.
Bons cafés, espressos de boa cepa, só são encontrados nos cafés e confeitarias. A regra entre os chilenos é consumir Nescafé, que é só o que existe nos hotéis e supermercados. Café em pó praticamente não existe.
Abacate
Nossa “política alimentar” (inspirada pela tesouraria da expedição) é fazer uma boa refeição por dia e se virar com lanches e opções mais em conta. Isto quase sempre dá certo. Mas em Pucón resolvemos terminar o dia iniciado gastronomicamente no Madre Tierra com um cachorro quente, pertinho do nosso hotel. Pedimos um completo. O atendente fez umas perguntas que não entendemos bem e respondemos que sim. E aí veio o lanche composto por um pão honesto e quentinho, uma salsicha vienense bem boa e... creme de abacate coberto com maionese em curvinhas perfeitas. Isso mesmo: abacate. E não era comida mexicana! Mas não ficou ruim. O lanche ficou até divertido, afinal, de certas coisas, só se pode rir.
Um comentário:
Abacate no cachorro quente??? Essa é boa.... Vou fazer a experiência em casa... Mas bem pouquinho, pra testar...
Estou adorando acompanhar essas aventuras, com a riqueza de detalhes. De fato, estou "de carona" com vcs nessa viagem bem planejada e apaixonante do apaixonado casal.... Bjs... E que o Capitão Rodrigo nunca falhe!!!
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