quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

De volta para casa

Às 20h e 45min do primeiro dia de fevereiro chegamos em casa. Quase 15 mil quilômetros vencidos com alegria em cada metro. Tudo foi perfeito. Até a chegada tangenciou os problemas nas estradas decorrentes da chuvarada. Não perdemos mais do que 15 minutos no acesso da BR 282 à BR 101.
44 dias sem horários, com os destinos de cada dia sendo definidos no caminho. “Viajante, não há caminho, se faz o caminho ao caminhar”. Mais de 150 horas em movimento nas “rutas”, destampando horizontes, descobrindo paisagens, percebendo as energias distintas dos lados austrais com seus ventos persistentes, seu frio permanente, seus sabores marcantes, suas gentes diversas.
Últimas paradas
De Colônia Del Sacramento saímos para Montevideo. Cidade já conhecida, para se matar a saudade. Programação limitada a um despreocupado passeio pela “rambla”, uma visita ao Teatro Sólis e, é claro, uma parilla no Mercado Del Puerto.
Uma noite bem dormida e partimos para a fronteira para entrar no Brasil por Santana do Livramento, depois de cruzar o Uruguai inteiro num trajeto de pouco mais de 500 km. Para fazer os trâmites de migração (carimbar passaporte) precisamos procurar a aduana escondida numa avenida de Rivera.
Depois de uma noite bem dormida e o primeiro café da manhã sem “medialunas”, demos uma caminhada pelo free-shop de Rivera e partimos para Santa Maria.
No final de um roteiro que passou por pontos e paisagens exuberantes o feijãozinho da mãe não faz feio. Primeiro porque os hermanos parecem desconhecer o que seja feijão; segundo porque no final de uma grande jornada sempre há uma mãe esperando. E a dona Norma não deixa por menos.
A vida
Foi muito mais do que férias. Foi oportunidade de pensar na vida, de perceber que a felicidade não depende dos lugares, mas só da gente. É verdade que estes dias felizes foram emoldurados pelo que a natureza fez de melhor, mas agora é a vida, o trabalho e as coisas de todos os dias. Há quem diga que é a “vida real”, mas achamos que é só a vida, esta dádiva que a que a gente vive em cada instante e cada lugar, fazendo tudo para ser feliz.

6 comentários:

Anônimo disse...

Gastao e Soninha, obrigado por dividir esses momentos magicos conosco, alem de maravilhoso foi emocionante acompanhar o blog.
Beijao
Claudio e Deyzi

Anônimo disse...

E no final
- início de tudo
o que fica mesmo,
o que conta,
o que significa,
é a vida que pulsa,
lá...
aqui...
tempo e espaço
a favor desta viagem.
Bem-vindos, Gastão e Soninha!
Abraço carinhoso,
Sandra Ribes

Anônimo disse...

e viva a vida!

:*

Anônimo disse...

parabens pelo blog! esta muito bom! uma inspiracao pra quem quer viajar pra patagonia!
camile

Fabica disse...

Embora cheio de datas e marcações, este blog é atemporal, basicamente.

Bjbj, Fabica.

Fabrizio disse...

Esse vosso caminho de rua e de espirito me fez muito bem.
Deu para chorar e rir, pensar e planejar. Muito obrigado de coração.
Um grande abraço

Fabrizio